Na tarde do último sábado (15), o Esquadrão de Aço travou a primeira de suas 38 batalhas pelo Campeonato Brasileiro da Série A e o resultado foi, no mínimo, frustrante. Jogando em Bragança Paulista, o Bahia até abriu o placar ao fim da primeira etapa, mas viu o time estagnar e sofrer uma virada em apenas 15 minutos. Assim, o tricolor mantém a sina de jamais ter vencido o Bragantino no Nabi Abi Chedid e volta para Salvador ainda zerado no Brasileirão 2023.
O Mister Renato Paiva optou por jogar com uma dupla de meias/volantes (Yago Felipe e Thaciano) mais móveis e menos marcadores, deixando o, até então, titular da posição (Acevedo) no banco. O professor ainda contou com uma série de baixas. Marcos Victor e Raul Gustavo permanecem lesionados, Victor Hugo continua sem ritmo de jogo e o principal destaque da temporada, Biel, foi vetado com gripe.
Enquanto o comandante do Bahia adotou um jogo mais passivo, com linhas baixas e buscando contra-ataques, o outro técnico português, Pedro Caixinha, adotou uma estratégia diferente. O Red Bull Bragantino foi capaz de pressionar o tricolor desde os primeiros minutos de jogo, marcando bem a saída de bola do Esquadrão, saída essa que vem sendo um problema desde o início da temporada.
Aos 30 minutos de jogo, ocorreu um lance que iria ditar o futuro da partida. Léo Realpe lançou uma bola à área adversária e quando Gabriel Xavier tentou afastar de cabeça, ele furou por conta de uma falta de comunicação com o Marcos Felipe, exigindo uma grande defesa do goleiro. Os donos da casa continuaram com volume de jogo, explorando bem as alas com Laquintana e Juninho Capixaba, sempre levando perigo.
Todavia, nos minutos finais da primeira etapa, Cauly cobrou uma falta curtinha passando para Yago Felipe, que lançou para Thaciano dentro da área, então dominou no peito e cruzou para Everaldo que bateu de primeira num meio voleio e abriu o placar. Mesmo não tendo a superioridade na partida, o Bahia soube aproveitar um lance de bola parada e ir ao intervalo com a vantagem fora de casa.
Para a segunda etapa, o Bragantino trouxe Mosquera e Lucas Evangelista para campo, mas manteve a estratégia da pressão constante, sufocando o sistema defensivo do tricolor, buscando o mínimo erro. E para o espanto de ninguém, ele acabou aparecendo. Mosquera tentou um lançamento pela lateral esquerda e Yago Felipe até conseguiu cortar, mas deixou escapar e Bruninho não perdoou. Ele roubou a bola, tirou do goleiro, driblou o zagueiro e empurrou para o fundo gol, uma pintura.
O time da casa ganhou um novo fôlego e no lance seguinte quase marcou, parando numa boa defesa de Marcos Felipe. Pouco depois, o Bahia teria o lance que poderia ter mudado tudo. Kanu fez um lançamento fantástico para Ademir, que dominou em velocidade e deixou o zagueiro no chão, mas na hora de finalizar ele não pegou bem e o goleiro Lucão salvou sua meta. O próximo lance selaria o destino da partida. Mosquera roubou a bola de Ademir, fez o um dois com Sasha e tentou encobrir o arqueiro tricolor, que foi ágil para impedir. Na sobra, Sasha aproveitou-se do vacilo da zaga e mandou para dentro, ao melhor estilo karatê.
Com as tardias alterações, o Bahia até tentou buscar um empate, mas definitivamente não estava fácil. Uma boa cabeçada de Jacaré com o gol quase todo aberto foi para fora e em seguida, ele fez um cruzamento que quase vira um gol contra, mas Lucão estava ligado e conseguiu salvar mais uma vez. O Massa Bruta soube administrar os minutos restantes e estreou com 3 pontos sobre um possível adversário direto.
Após uma atuação pouco propositiva e muito decepcionante, o Bahia retornou para Salvador e realizará sua estreia em casa contra o Botafogo na segunda (24) às 20 horas. O time decididamente vai necessitar do apoio de sua apaixonada torcida para dar a volta por cima e criar confiança para o resto do campeonato.
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