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Foto do escritorPedro Carreiro

Finais | Campeonato Baiano 2023

Depois da fase de pontos corridos e das semifinais, chegou enfim a hora dos momentos finais do Baianão. Em partida realizada no estádio Eliel Martins, Jacuipense e Bahia empataram pelo placar de 1x1 no jogo de ida da última etapa do campeonato. O resultado mantém as duas equipes sem vantagem para o jogo de volta.

Reprodução: Lucas Pena/ Esporte Clube Jacuipense

O Bahia de Renato Paiva foi a campo com o esquema de 3 zagueiros que começou a usar nas semifinais contra o Itabuna. Já a Jacuipense de Jonilson Veloso jogou no 3-4-3 que utilizou na maior parte do campeonato. Quando tinha a posse, o Bahia atacou em 3-2-5, com Rezende e Acevedo sendo os dois homens do meio e Jacaré e Matheus Bahia como aqueles que davam amplitude pelos lados na linha de 5. Everaldo se manteve centralizado dando profundidade e Biel e Cauly tiveram mais liberdade de se movimentar.


A Jacuipense se defendia somente a partir da linha central com Thiaguinho, Jeam e Eudair que, com a bola, atuava como meia e sem ela se posicionava na linha de defesa mais avançada, alternando com o camisa 10 (Welder). Esse, que era o ponta pela direita quando o time tinha a posse e fechava a segunda linha de defesa pela direita no momento defensivo. Com essa linha de 3 mais avançada, a Jacuipense fechou bem as janelas de passe dos zagueiros do Bahia para os meio campistas, obrigando o Esquadrão a construir pelos lados.


O Bahia até conseguiu criar pelos lados, principalmente pela direita com Jacaré, que conseguia encontrar bons passes em diagonal para os jogadores mais centralizados, que atacavam as costas da última linha de defesa da Jacupa. Enquanto isso, o Leão do Sisal tentava atacar com transições rápidas para aproveitar a linha alta do Bahia. O time fazia isso em um 4-3-3, com Thiaguinho cortando de fora para dentro abrindo o corredor para Radar. Fábio Bahia, Amaral e Eudair formaram o tridente de meio campo.


A Jacuipense demorou a conseguir jogar, mas com o tempo passaram a ter mais calma na saída de bola e a encontrar o homem livre com viradas de jogo. O Bahia ter afrouxado a marcação alta também propiciou essa mudança. Foi assim que surgiu o primeiro gol. Após roubada de bola na entrada da área, houve o lançamento em diagonal para o ataque, condicionando o trio ofensivo a ficar em situação favorável de 3 contra 2, devido à lenta recomposição de Gabriel Xavier, que deixou Welder livre para marcar.

Reprodução: Divulgação/ Esporte Clube Jacuipense

Depois do gol, a equipe da Jacuipense baixou ainda mais as linhas e chamou o time do Bahia para seu campo de ataque. Com o tempo, o Bahia passou a achar bastante espaço entre os alas e os defensores da equipe de Jacuípe. Para mudar isso, Jonilson fez com que sua equipe se defendesse em um 4-3-3, com Radar sendo o homem que baixou para fechar a quarta linha pela esquerda. A equipe até melhorou a marcação pelos lados, porém passou a ceder muito espaço pelo meio, principalmente na entrada da grande área. Com isso, o Bahia conseguiu criar várias boas chances na reta final da primeira etapa e só não conseguiu o empate pelas boas defesas do goleiro Jean.


Ambos os times voltaram para o segundo tempo com as mesmas disposições táticas e a Jacuipense promoveu a entrada de Flávio no lugar de Eudair. Mas o jogo em si era diferente, a Jacuipense conseguia encaixar contra-ataques, algo que não fez na reta final do primeiro tempo, e o Bahia não tinha o mesmo volume do fim da primeira etapa.


Entretanto, aos 11 minutos, o Bahia conseguiu o empate através de uma jogada pelos lados do campo, mostrando a importância dos alas bem abertos no esquema tático de Paiva. Com isso, o Bahia cresceu no jogo e voltou a marcar pressão na saída de bola da Jacuipense, que passou a se atrapalhar e perder a bola perto da sua área.

Reprodução: Felipe Oliveira/ Esporte Clube Bahia

A Jacuipense tentou mudar a dinâmica da equipe invertendo Thiaguinho e Welder, mas não obteve resultado. O Bahia continuou criando chances e a Jacuipense teve dificuldade de sair jogando, principalmente pelo bom trabalho de antecipação de Rezende no meio campo.


Por volta dos 25 minutos, a Jacuipense voltou a se defender em um 3-4-3 e conseguiu diminuir o ímpeto ofensivo do Bahia, mas ainda assim tinha dificuldade em sair jogando sem ser através de ligações diretas.


Com as entradas de Robinho, Eric Almeida e Fábio Santos nos lugares de Thiaguinho, Radar e Amaral, a Jacuipense passou a se defender em um 4-5-1 bem compacto, com Welder fechando a linha de 5 pela direita e Robinho pela esquerda, Fábio Matos como segundo volante e Eric Almeida como lateral esquerdo. Com esse esquema, a Jacuipense conseguiu se defender bem e fechar bem os espaços do Bahia tanto pelo centro quanto pelas laterais.

Reprodução: Felipe Oliveira/ Esporte Clube Bahia

O Bahia tentou responder com as entradas de Mugni e Ricardo Goulart, jogadores que trabalham melhor em espaços curtos e são mais técnicos que Everaldo e Acevedo. Entretanto, a compactação defensiva da Jacuipense era muito bem feita e o Bahia praticamente não criou chances perigosas na reta final do jogo. O time também parecia desgastado e satisfeito com o empate, já que jogaria apenas por um empate no jogo de volta.


Nos acréscimos, Paiva ainda colocou Chávez e Diego Rosa em campo para oxigenar o time e segurar a Jacuipense, que conseguia conectar alguns ataques. Em suma, pode-se concluir que a Jacuipense soube se defender bem no segundo tempo e se adaptou taticamente às mudanças feitas pelo Bahia, impedindo que o time visitante criasse chances perigosas e segurando o empate até o fim do jogo.


No próximo domingo (02/04), as equipes voltam a se encontrar para definir o grande vencedor do Campeonato Baiano de 2023. Na ocasião, o jogo de volta das finais será realizado na Arena Fonte Nova, às 16:00.


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