Na grande final do Campeonato Baiano, o Tricolor de Aço ganhou o seu 50° título estadual em cima da Jacuipense com um placar de 3x0. A partida contou com um público total de 48.598 torcedores na Arena Fonte Nova, que já foi palco de enormes clássicos baianos. No jogo de ida, o confronto acabou em 1x1, mas no domingo a história foi outra. Com gols de Everaldo, Cauly e Vitor Jacaré, o Bahia se tornou o maior campeão do torneio. No agregado, 4x1 para o time da casa.
O Bahia disputou nove jogos no Baianão. Venceu sete e perdeu apenas duas partidas, finalizando o campeonato com 21 pontos. Já a Jacuipense, que terminou em vice pela segunda vez consecutiva, teve cinco vitórias, dois empates e duas derrotas, encerrando sua campanha com 17 pontos. Esse ano, a competição foi bem equilibrada para os times baianos. Porém, na reta final, o Bahia conseguiu se firmar na liderança, se tornando favorito para levantar a taça.
O time do técnico Renato Paiva entrou em campo com o esquema tático 3-5-2, com Jacaré e Chávez mais avançados, dando profundidade e trabalhando pelas laterais do campo. Sempre buscando os dois homens de referência na pequena área, Everaldo e Biel, já que é um plano utilizado desde o início da temporada.
No lado da Jacuipense, o técnico Jonilson Veloso optou pelo 4-3-3, apostando suas fichas nos dois artilheiros da equipe, Jean e Welder. No meio de campo, Veloso usou o mesmo trio do jogo passado, Fábio Bahia, Amaral e Eudair, jogadores essenciais na campanha da Jacupa até a final.
Nos primeiros minutos da grande decisão, o Leão do Sisal saiu com a bola rolando, mas rapidamente foi surpreendido pelo time do Bahia. O time de Salvador tomava a bola já marcando pressão no meio do campo e armava o jogo com toques rápidos, sempre buscando as laterais. No entanto, a zaga da Jacupa estava ligada. As duas equipes se mostraram bem equilibradas, tendo bons passes e marcando em cima para não evitar chances de gols.
Aos 22 minutos, com bom trabalho de passe do Tricolor, Cauly recebeu dentro da área e mandou uma bomba, para defesa de Jean. A bola ainda explodiu na trave e foi para fora, deixando a torcida eufórica. Mas aos 26 minutos, a Jacuipense respondeu. O camisa 10, Welder, cruzou rasteiro e, se não fosse o goleiro Marcos Felipe, a bola sobraria no pé de Amaral, que estava livre na pequena área para marcar o primeiro gol do time de Riachão.
No decorrer do primeiro tempo, o Esquadrão teve boas oportunidades, além de atacar mais e movimentar bem o jogo. Assim, teve 62% de posse de bola. Desse modo, a Jacuipense, com 38% de posse, se trancou e esperou alguma chance de contra-ataque ou alguma falha da defesa do Bahia.
Já na segunda etapa, Cauly teve 2 chances em apenas dois minutos iniciais de partida. Aos cinco, Everaldo fez uma grande jogada driblando a zaga e desperdiçou um gol feito, após tentar dar uma cavadinha para encobrir o goleiro Jean. A Jacuipense tentou revidar com chute de Eric, que tinha acabado de entrar, mas sem perigo para o goleiro do Tricolor de Aço.
Mas, aos 21 minutos do segundo tempo, tudo mudou para a torcida que estava presente nas arquibancadas da Fonte Nova. Com cruzamento de Chávez para a pequena área, Everaldo apareceu apenas para chapar a bola e balançar a rede. 1x0 para o Bahia. Como um passe de mágica, o que estava difícil para a Jacuipense ficou ainda pior. Após roubada de bola no meio de campo, Cauly fez um linda tabelinha com o camisa 9 do Bahia e arriscou um chute de fora da área. Um golaço sem chances para Jean.
Depois, só deu Bahia na Arena. Dominou o jogo sem chances para o Leão do Sisal, que não estava conseguindo finalizar e nem chegar com tranquilidade na pequena área do tricolor. No decorrer da partida, ambos os times fizeram modificações. A Jacupa mudou para tentar encontrar soluções para um possível empate e o Bahia apenas trocou peças para manter o jogo sólido. Destaque para a substituição do goleiro Marcos Felipe para a entrada de Matheus Claus.
Nos acréscimos, Biel foi derrubado na grande área e o juiz marcou o pênalti. O lance foi revisado e confirmado pelo VAR. Na bola, Vitor Jacaré, que estava de cabelo azul em homenagem ao dia Dia Mundial de Conscientização do Autismo. O camisa 29 do Bahia chute forte no canto esquerdo do guarda-redes Jean, carimbando a conquista do quinquagésimo título do Baianão.
Durante a comemoração do título, jogadores e técnico dedicaram uma pequena mensagem ao assessor Bruno Queiroz, que luta contra o câncer desde o final do ano passado. Além do que aconteceu no dia 2 de abril, os jogadores já fizeram outra homenagem no início de Fevereiro. No jogo contra o Bahia de Feira, estenderam uma faixa com “Vamos Vencer, Bruno!”. O futebol é muito mais que só vencer e correr atrás de uma bola.
Até o próximo ano!
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