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Foto do escritorAlan Pinheiro

SÉRIE B | VITÓRIA 2 X 0 LONDRINA

Embalado pela força da torcida, o Vitória dominou e venceu a equipe do Londrina no Barradão pelo placar de 2x0. Com o resultado, o rubro negro baiano se tornou o, até então, líder da Série B. A partida contou com grandes atuações individuais dos jogadores do Leão, tanto no ataque quanto na defesa. Os gols do time da casa foram marcados por Wagner Leonardo e José Hugo.

Foto: Victor Ferreira/ EC Vitória

No mundo animal, o habitat natural é a área onde uma determinada espécie vive em comunhão com a natureza, possibilitando a perpetuação do grande ciclo da vida. São nesses espaços onde cada animal vive, se alimenta e se abriga. Por isso, vos apresento um dos protagonistas desse jogo. O Manoel Barradas, habitat do Leão da Barra.


É muito comum ouvir de torcedores mais antigos que o Barradão funcionava como um caldeirão para qualquer adversário que tivesse a ousadia de vir a Salvador enfrentar o Vitória. Toda a pressão que vinha das arquibancadas servia como um décimo segundo jogador, que empurrava o time para a glória e assombrava as equipes visitantes. Mas esse cenário já não aparecia mais constantemente. Foram anos de gestões desastrosas e resultados decepcionantes que afastaram o torcedor das arquibancadas.


No entanto, o ano de 2022 foi um marco para essa relação clube-torcida. A queda para a série C reatou um relacionamento que já estava em crise, visto que a nação rubro negra comprou a missão de retornar o time ao lugar que ele, de fato, pertence. A missão ainda não foi cumprida, mas o Barradão voltou a ser um inferno para quem vier enfrentar o Leão e grande mérito disso vem dos torcedores. No entanto, os campos do estádio Manoel Barradas carregam uma magia que apenas os rubro negros entendem. Afinal, é o habitat do Vitória. Onde o leão morde a carne, rasga a pele e destrói seus concorrentes. Mas não sozinho e sim sendo orquestrado pelos gritos da torcida.

Foto: Victor Ferreira/ EC Vitória

Vamos para o jogo


Antes do início da partida, o técnico Léo Condé promoveu a entrada de Matheusinho entre os onze titulares e passou Osvaldo para atuar mais por dentro, como um meia armador. Porém, a movimentação desses dois jogadores durante o jogo reafirmou uma noção que merece ser lembrada. No futebol moderno, não existem posições, mas funções.


Enquanto se defendia, o Vitória adotava uma plataforma de 4-4-2, com um dos pontas (José Hugo, Osvaldo e Matheuzinho) alinhados a Léo Gamalho e os outros dois compondo a segunda linha com 4 jogadores. No ataque, houve uma variação tática grande, já que foi possível ver o time apresentar formações como o 4-2-3-1, 4-3-3 e até um 4-2-4. Como dito anteriormente, o movimento dos jogadores de ataque merece ser destacado. Enquanto a função de Zé Hugo era aproveitar os espaços no corredor lateral com a sua velocidade, Osvaldo e Matheusinho revezavam entre o meio e a ponta. Por vezes, Osvaldo aproximava de um dos extremos e essa “dobradinha” possibilitou que o time levasse vantagem contra o Londrina em vários momentos.


Das mais de 25 mil pessoas que estiveram presentes na partida, até o mais otimista não esperava uma disparidade técnica tão grande entre os times. Apesar do Londrina chegar e finalizar, poucas chances realmente ofereciam perigo real. Do outro lado, o Vitória dominou completamente o adversário. Neste ponto, o resultado engana, mas acredite, uma goleada não seria tão surpreendente.

Foto: Victor Ferreira/ EC Vitória

O domínio do Leão não foi em vão e logo se transformou em gol. Aos 7 minutos, em cobrança de escanteio, Osvaldo levantou a bola na cabeça de Wagner Leonardo, que não perdoou e abriu o placar. O gol do camisa 4 marcou a ótima partida do zagueiro, figura fundamental para o Vitória ter somado mais uma partida sem ter as redes vazadas.


Porém, o placar não demorou a mudar. Logo aos 17, Zeca avançou pela direita e fez o passe em profundidade para Osvaldo, que recebeu próximo à linha de fundo e mandou para o meio. Na área, Zé Hugo apareceu e completou o passe do camisa 11, ampliando e dando números finais à partida.


Indo para as estatísticas, o Vitória teve 53% de posse durante o jogo, realizou 19 finalizações e sofreu apenas 4 chutes em direção ao gol de Lucas Arcanjo. Esses números ajudam a ilustrar duas características da equipe rubro negra contra o Londrina: Solidez defensiva e criatividade no ataque.

Foto: Victor Ferreira/ EC Vitória

Destaque


O melhor ataque é a defesa. O resultado de 2x0 foi merecido devido ao desempenho do time durante os 90 minutos, tanto ofensivamente quanto defensivamente. No entanto, o diferencial do time foi Wagner Leonardo. Poderia aqui destacar Osvaldo, Matheusinho ou até Marcelo, mas o melhor em campo carrega o número 4 nas costas.


Wagner Leonardo foi perfeito em todos os quesitos. Demonstrou plena segurança na saída de bola, venceu todos os duelos aéreos, não foi driblado em nenhum momento, teve 89% de acerto nos passes e ainda marcou o gol que abriu o placar. O desempenho do zagueiro demonstrou que Wagner pode mostrar o mesmo nível de futebol que teve no Náutico, o que é animador para o restante da temporada. Esse nível de performance somado à força que vem das arquibancadas vai servir como um alerta para quem vier. No Barradão, o predador é o leão.


O Vitória volta a campo na sexta-feira (5) às 21:30h, contra o Botafogo-SP no Estádio Santa Cruz. A equipe da casa vem de derrota para a Ponte Preta e o Leão vai em busca de confirmar o 100% de aproveitamento e se consolidar na liderança do campeonato.


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