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Foto do escritorSoteropolimanos

7ª Rodada | Campeonato Baiano 2023

Jacobinense 0 x 2 Juazeirense

por Alan Pinheiro


O bom futebol vive! Em jogo de altíssimo nível, a Juazeirense venceu o Jacobinense e se consolidou na briga pela classificação às semifinais. Com a vitória, o Cancão de Fogo ampliou a sua invencibilidade e está há 5 jogos sem perder. Já o Jacobinense não soma mais pontos desde a quarta rodada, quando enfrentou o Bahia. Para o time de Jacobina, a derrota resultou em menos uma chance de sair da zona de rebaixamento.


No geral, o jogo foi bastante disputado. As duas equipes dividiram igualmente o protagonismo do confronto, enquanto a Juazeirense tomou o primeiro tempo para si, o Jacobinense resolveu chamar a etapa final de sua. Sobre a qualidade da partida, destaca-se a maneira de jogar dos dois times. A construção das jogadas foi, na maior parte do jogo, com a bola no chão. Além disso, as famosas ligações diretas - ou chutões - quase não foram utilizadas e o número de faltas foi abaixo do comum.


Durante os 15 minutos iniciais, as duas equipes criaram, mas foi a Juazeirense quem chegou com mais perigo. Logo aos 11 minutos, o atacante Jerry recebeu lançamento de Jamerson, após se infiltrar entre o lateral esquerdo e zagueiro, e finalizou para abrir o placar para o Cancão de Fogo. Aos 25, Clebson cobrou escanteio para Dadinha ampliar com o joelho. Os dois gols vieram para coroar o momento de superioridade da Juazeirense.

Foto: Divulgação - Sociedade Desportiva Juazeirense


A resposta do Jacobinense veio no lance seguinte com um voleio de fora da área. A bola foi para fora, mas a finalização de Marion representou o primeiro chute da equipe mandante. Aos 34, a Juazeirense chegou novamente com perigo e em mais um lançamento, Reinaldo recebeu em velocidade e foi derrubado pelo zagueiro Felipe Gomes, do Jacobinense. O juiz marcou penalidade máxima nesse lance, mas as câmeras da TVE mostraram que o contato ocorreu fora da área. Como o campeonato baiano não possui VAR, Clebson se preparou para a cobrança. Porém, o veterano acabou carimbando a trave esquerda do goleiro Giovani. Como dizem as más línguas, pênalti mal marcado é pênalti mal batido.


A dificuldade do Jacobinense em atacar pelos lados do campo foi causada, principalmente, pela boa partida dos laterais do time visitante. O primeiro tempo de Dadinha e Nildo Petrolina foi praticamente perfeito. Além da boa partida dessa dupla, a Juazeirense ainda contou com uma noite inspirada de Clebson e Jerry, jogadores que mostraram grande facilidade de desmarque para chegar ao ataque.


No segundo tempo, a qualidade da partida não diminuiu, mas o domínio mudou de lado. A conversa nos vestiários deve ter motivado o Jacobinense a buscar o gol desde o primeiro segundo. Com a mudança de postura, os primeiros 10 minutos foram um bombardeio do time de Jacobina, com 7 chegadas com gol adversário. Porém, o time não conseguia traduzir sua imposição em gols.


Apesar do jogo da Juazeirense mudar, passando a armar utilizando os contra-ataques, o Cancão de Fogo continuou chegando com facilidade. Mas, diferente do primeiro tempo, os jogadores se precipitaram em diversos momentos, tomando decisões equivocadas e errando passes com frequência no último terço. Aos 26 minutos, conseguiram equilibrar o jogo novamente, pois o ímpeto do Jacobinense foi diminuindo. Aos 34, após erro da defesa dos mandantes, o zagueiro Felipe Gomes parou a jogada com falta - novamente - e levou o segundo amarelo. Pra fora! Apesar da expulsão, o equilíbrio do jogo não foi abalado até o final do jogo.


É fato que a beleza do futebol brasileiro está em todos os cantos. Nas ruas, nas quadras, nos campos de terra e em qualquer outro local. É preciso apenas de uma bola para que a magia aconteça e uma boa partida pode ser vista em todo lugar, porque nós respiramos esse esporte e fizemos dele a nossa religião. Portanto, um jogo pobre não pode ser aceito por nós neste país. Hoje, parabenizo Juazeirense e Jacobinense pelo bom jogo, mas fica o alento. Em um Brasil que se autodenomina “país do futebol”, os bons jogos devem ser vistos mais como lei do que exceção.

 

Itabuna 1 x 1 Doce Mel

por Pedro Carreiro


Doce Mel azeda a festa do Itabuna na nova casa e as equipes empatam por 1x1. Na sua primeira partida no Estádio Ribeirão em Camacan, Itabuna sai na frente do placar, mas sofre empate logo na sequência com golaço de bicicleta de Cabrunco. O jogo muito movimentado contou com expulsões, festa da torcida e drone sobrevoando o estádio.


Ambas equipes foram a campo precisando vencer, mas por motivos opostos. O Itabuna que começou o campeonato com 3 vitórias seguidas já não vencia a três rodadas e queria retomar o caminho das vitórias além da segunda posição que perdeu graças ao triunfo da Juazeirense na abertura da rodada. Enquanto o Doce Mel, que antes da partida havia somado apenas 1 ponto no campeonato, precisava vencer para reagir na briga do rebaixamento, ou para terminar o campeonato com dignidade como disse antes da partida o treinador Eduardo Bahia.


A partida da última terça-feira (07), foi disputada no Estádio Antônio Elias Ribeiro, o Ribeirão. Esse foi o terceiro estádio diferente que o Dragão do Sul usou para mandar seus jogos nesse Baianão, nos dois outros jogos como mandantes no campeonato jogaram em Ilhéus e em Vitória da Conquista.


Mas pela calorosa recepção do público que lotou o estádio com 4.000 de capacidade e cantou sem parar, o Itabuna deve seguir mandando seus jogos em Camacan, cidade que fica a 86 km de Itabuna. A animação na cidade era tanta que logo no começo da partida o jogo teve que ser interrompido por cerca de 5 minutos por conta de um drone com câmera local que sobrevoava o estádio registrando o momento.


Embalado pela torcida e pela necessidade de vencer, o Itabuna começou o jogo com tudo. A equipe tinha muito mais posse e sufocava o Doce Mel que se fedendia em um 4-5-1 e não conseguia sequer ultrapassar a linha central do gramado. O Dragão usava muito das viradas de jogo para encontrar os jogadores mais abertos pelos flancos, Flavinho na esquerda e João Neto na direita, livres de marcação e daí tentar criar jogadas de perigo.


Apesar do amplo controle da partida, o Dragão conseguiu criar poucas chances claras. O Itabuna rondava a área do Doce Mel, mas graças a boa defesa da equipe de Ipiaú, não conseguia achar espaços para entrar na área e levar perigo ao gol da equipe de Eduardo Bahia. A única chance clara da equipe de Itabuna na primeira etapa foi com o Herbert, que pegou a sobra do escanteio e de perna esquerda chutou forte mas em cima do goleiro João Victor que fez a defesa.


O Doce Mel mal conseguia sair do seu campo de defesa. Até que aos 30 minutos, depois de bola esticada para o ataque, Roberto conseguiu ganhar no corpo da defesa e rolar para Davi que chegava e finalizou da risca da pequena área e só não marcou porque Herbert salvou em cima da linha. Depois desse lance o Doce Mel cresceu na partida e passou a frequentar mais o campo de ataque, mas não conseguiu produzir outra chance tão boa.



Foto: Fernanda da Hora


As equipes voltaram para segunda etapa parecendo que haviam bebido suco de maracujá, a partida estava sonolenta, nada acontecia além das equipes trocarem passes na intermediária. O sono era tanto que foi em uma cochilada da zaga do Doce Mel em cobrança de escanteio que o Itabuna abriu o placar e trouxe a emoção de volta para a partida. Aos 23 minutos, o capitão do Itabuna, Jan Pieter, chegou por trás de todo mundo livre testando para o gol e abrindo o marcador após escanteio de Alex Sandre. Mas o Dragão do Sul e sua torcida praticamente não tiveram tempo para comemorar, dois minutos depois o Doce Mel conseguiu o empate.


Aos 25 minutos, a partir de uma falta, a bola é alçada na área do Itabuna que não consegue cortar, e João Vitor, vulgo Cabrunco, chuta 3 vezes, a primeira na marcação, depois no goleiro e por fim acerta uma bicicleta para marcar um golaço. O atleta de 21 anos que foi contratado pelo Doce Mel após se destacar no último Intermunicipal ficou tão feliz com o gol que até se confundiu na entrevista pós-jogo à TVE. A partida terminou por volta de 23:30, mas João começou sua resposta com um “Boa tarde TVE”.


As coisas ficaram ainda piores para o Itabuna quando logo na sequência, aos 29 minutos, Jan Pieter foi expulso por receber o segundo amarelo. Depois da expulsão a partida ficou muito aberta, a bola ficava muito pouco na faixa central do campo, virou um jogo de apenas transições rápidas dos dois lados.


Tendo a vantagem numérica o Doce Mel conseguia criar chances, a melhor foi aos 46 depois de Caio fazer Grande jogada e tocar para Giba que cara a cara com o goleiro chutou para fora. O Itabuna também produziu bastante no reta final da partida, mesmo com um jogador a menos a equipe aproveitou a superioridade técnica e os espaços deixados pelo adversário que se lançou totalmente ao ataque. Apesar de várias chances para os dois lados na reta final, ninguém conseguiu tirar o empate do placar.


Na próxima rodada o Dragão do Sul enfrenta um adversário direto do Doce Mel na briga pelo rebaixamento, eles vão a Feira de Santana jogar contra o Bahia de Feira. Já a equipe de Ipiaú recebe um rival direto do Itabuna na briga pela liderança, eles irão enfrentar o Bahia.

 

Atlético de Alagoinhas 1 x 2 Vitória

por Victor Lee


O atual bicampeão do Baiano recebeu o Leão em sua casa, no Estádio Municipal Antônio de Figueiredo Carneiro, o Carneirão. Os dois times foram para campo com técnicos interinos em busca dos 3 pontos e da confiança da torcida para assim seguir de fase. A partida foi marcada pelos gols Diego Torres e Léo Gamalho pelo lado do Vitória e no apagar das luzes o Atlético de Alagoinhas marcou com Mizael Jansen.


Jogo muito importante para ambas equipes, que tem muito a oferecer e lutar para as 4 vagas da semifinais do Campeonato. Nos primeiros minutos, já se notava uma boa vontade do Leão de chegar na área do Atlética com trocas de passes e cruzamentos buscando o seu homem de referência. Enquanto o Carcará vinha bem fechado e trabalhando os contra-ataques para o campo adversário.


Taticamente o Vitória optou novamente pelo 4-3-3, usando muito bem os lados com os seus laterais que vêm ganhando destaques nos jogos - o Zeca trabalhando bem pelos dois lados do campo e o Railan se mostrando um ótimo lateral e ajudando não só na defesa como também no ataque. Já o Atlético de Alagoinhas trabalhou muito pelos meios, principalmente com o Ramires, que já tem dois gols participando de todos os jogos com a camisa do Carcará.



Foto: Pietro Carpi


Mas aos 14 minutos do primeiro tempo com toque da dupla de laterais do Leão, Zeca entrou pelo meio de campo e Railan cruzou para sobrar nos pés de Diego Torres, que bateu de primeira fazendo um lindo gol, sem chances para o goleiro Fábio Lima. No decorrer da partida, foi notório o equilíbrio dos dois times e a garra do Atlético querendo o empate.


No segundo tempo, o time de Alagoinhas voltou bem melhor em boa parte do tempo e logo aos 6 minutos deu um belo chute cruzado assustando Lucas Arcanjo. Mas, nem tudo foram flores para o time de Alagoinhas. Aos 25’, falta a favor do Leão. E como já era de se esperar a bola foi cruzada na cabeça do Léo Gamalho, ampliando o placar e deixando o Vitória em uma situação de esperanças para chegar na próxima fase do campeonato, preocupando o bicampeão que só conseguiu marcar já no final do jogo com o Mizael.

Mesmo jogando melhor no segundo tempo o Atlético não saiu com o triunfo, já o vitória volta para casa com dever cumprido buscando chegar cada vez mais perto do G4.

 

Jacuipense 3 x 1 Barcelona de Ilhéus

por Caio Lucas

Em contextos completamente opostos, Jacuipense e Barcelona de Ilhéus se enfrentaram no Valfredão. Com a expectativa de se manter consistente no G4, o Jacupa vinha com força total dentro de sua casa, enquanto o Barça tinha esperanças de se afastar da zona de rebaixamento.

O primeiro tempo demonstrou a superioridade técnica da equipe de Riachão do Jacuípe e o favoritismo - o Leão do Sisal nunca havia perdido na história do confronto (3 J, 2V, 1E). Com jogadas rápidas e bem construídas, o Jacuipense conseguiu abrir uma grande vantagem logo na etapa inicial. Welder marcou aos 36’ e aos 42 minutos, sendo um deles um golaço de cabeça.


Foto: Divulgação - Esporte Clube Jacuipense


Já no segundo tempo, a equipe da casa diminuiu o ritmo e acabou sofrendo um gol bizarro aos 33’, depois de uma série de falhas da linha de zaga e um passe errado do goleiro Jean Carlos, aproveitado por Marcus Uberaba. Apesar disso, o Jacuipense não se abalou e partiu para cima novamente, ampliando o placar aos 36 da segunda etapa e sacramentando uma vitória essencial para a briga pela liderança do Baianão.

O Barcelona de Ilhéus agora luta rodada a rodada para escapar da segunda divisão, tendo que mudar o seu estilo de jogo para conseguir vencer nos próximos confrontos.

 

Bahia 2 x 1 Bahia de Feira

por Roger Caroso


Na emoção, na mística e na torcida. Com um grande apoio dos torcedores no segundo tempo, o Bahia conduziu uma grande virada e se classificou para a segunda fase do Baianão.


Ambos "Bahias" chegaram na Fonte Nova vindo de duríssimos triunfos de virada na sexta rodada. Era imprescindível que o Bahia de Feira conquistasse ao menos um empate em Salvador, para se afastar da zona da degola. Já o Esquadrão de Aço vinha com a missão de se classificar antecipadamente para a semifinal do campeonato e buscar motivação para uma virada de chave na Copa do Nordeste.


Os minutos iniciais de jogo foram pouco interessantes, sem chances reais ou jogadas inspiradas. Todavia, após uma batida de escanteio, Clessione fez magia, dando uma super bicicleta que bateu na trave, mas no rebote Raul Gustavo derrubou Peterson e cometeu o pênalti. Na cobrança, Tiago Corrêa teve coragem, encheu o pé no meio enquanto Marcos Felipe pulou para a esquerda, um a zero. O desempenho do Bahia na primeira etapa foi pouco empolgante, sem emoção e a torcida correspondeu com vaias, o mau desempenho irritou os tricolores presentes no estádio.


A irritação e críticas foram com o Esquadrão para o vestiário. Era necessário uma mudança de postura, o time não conseguia se impor em sua própria casa contra um adversário inferior. Renato Paiva entendeu isso e se mostrou indignado durante o intervalo, disse para os jogadores que eles não haviam se adaptado ao jogo, mas que eles tinham de acreditar que conseguiriam dar a volta por cima, e a atitude seria o ponto principal disso.


Foto: Felipe Oliveira


Por mais que as palavras do professor tenham inspirado determinação. A torcida decidiu ser o 12° jogador, apoiando incansavelmente o time na segunda etapa, fazendo uma festa nas arquibancadas para motivar o elenco. Mesmo tendo mudado a mentalidade, uma partida é composta por duas equipes e o Tremendão sabia que vencer fora de casa era um resultado excelente. Então, a equipe do técnico João Carlos veio para segunda etapa a fim de garantir o resultado, segurando o jogo, mantendo um forte esquema defensivo e fazendo uso da famosa "cera". Os jogadores do time de Feira de Santana demoravam para sair de campo, valorizavam faltas, tinham pouca pressa para pôr a bola de volta em jogo, seguindo toda a cartilha que incomoda não só os adversários, mas também os espectadores.


O fôlego e sangue do Bahia havia mudado na segunda metade. Tinha química, vontade, plano de jogo e mentalidade completamente ofensiva. E foi na troca de passes, no entrosamento e no estilo que o treinador quis implementar que saiu o gol. Bons passes entre Goulart, Daniel, Biel e Everaldo foram levando a bola para área rival, procurando passes rápidos que não deixassem os oponentes terem tempo de se organizar. Assim, Biel cruzou de três dedos e Everaldo chutou de primeira, batendo no travessão e entrando, peleja empatada.


Essa configuração se manteve pelo resto do segundo tempo. O Bahia pressionando com apenas 2 zagueiros atrás, os laterais agindo como pontas e os pontas puxando para dentro da área. Já o Bahia de Feira continuou buscando retardar o jogo, e quando possível, um contra-ataque (que tinham ajuda de Raul Gustavo, que estava numa noite difícil). As diversas interrupções geraram a necessidade do árbitro dar 10 minutos de acréscimo, e estes seriam muito valiosos.


Durante a blitz do Esquadrão, Paulo Paraíba utilizou sua mão para desviar a bola e cometeu o penal, mas devido às reclamações dos jogadores do Tremendão, a penalidade foi cobrada 5 minutos depois de ser cometida. Assim como na partida contra o Ferroviário, Everaldo na marca da cal, tomou distância e com muita tranquilidade bateu forte - bola pro lado goleiro pro outro, a virada.


Com o resultado, o Bahia se classificou com duas rodadas de antecedência e jogará os próximos jogos da primeira fase, com o time praticamente sub-21. Do outro lado, o Bahia de Feira terá duas árduas lutas para escapar do rebaixamento.

 

Confira os jogos da 8° rodada



Sábado - 11/02


Juazeirense x Atlético de Alagoinhas (16:00)


Doce Mel x Bahia (18:30)



Domingo - 12/02


Vitória x Jacuipense (16:00)


Bahia de Feira x Itabuna (18:30)


Barcelona de Ilhéus x Jacobinense (20:30)

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